quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Corrupção da Fé em Gurupi


Pastor João acusado de exigir dinheiro pelos votos dos fiéis

O diretor presidente das igrejas Assembléia de Deus, Ministério de Madureira em Gurupi, pastor João Feitosa, é acusado de oferecer apoio político dos fiéis ao candidato a prefeito Laurez Moreira (PSB), em troca de receber R$ 100 mil todo mês. Opositores dele afirmam que o pastor quer é desviar mais grana para construir outra mansão. Ele já possui uma, avaliada em R$ 1 milhão, comprada com dinheiro arrecadado nas ofertas

Edna Santos

Quando andou pela terra, Jesus Cristo bradou a pastores que exploravam fiéis numa igreja: “hipócritas, víboras, saqueadores de templos, vocês não entram no reino dos céus e não deixam ninguém entrar”. As duras críticas do Messias, registradas no livro de Mateus, cabem como uma luva ao comportamento do pastor João da Cruz Gomes Feitosa, diretor presidente das igrejas Assembléia de Deus, Ministério de Madureira em Gurupi.
Pastor João é acusado de montar um reino particular e milionário no Sul do tocantins, de comprar mansão em Gurupi com dinheiro desviado das ofertas; de expulsar das igrejas do Ministério 28 pastores honestos que se posicionaram contra a roubalheira. Crédulo apenas na impunidade, se pastor João não for barrado pela Polícia ou Ministério Público, pode aplicar mais um golpe contra os incautos fiéis.
Segundo fontes que não serão identificadas por temer represálias – pastor João é acusado de perseguir cruelmente quem o questiona ou denuncia – o presidente da Assembléia de Deus está oferecendo apoio político dos fiéis ao candidato a prefeito de Gurupi, Laurez Moreira (PSB), em troca de embolsar R$ 100 mil por mês.
O presidente das Assembleias de Deus alega que precisa do dinheiro para construir uma catedral para o seu ministério. Porém, pastores honestos perseguidos por ele não hesitam em afirmar que o único objetivo de pastor João é enriquecer mais a custa dos membros das igrejas. “Ele quer é comprar mais uma mansão”, acusam.

Laurez desmente o acordo

O dinheiro que pode engordar ainda mais a conta bancária do pastor João Feitosa sairia de um convênio que Laurez teria prometido conseguir pra ele com o Educandário Evangélico Ebenezer e o Ieseg – Instituto Educacional Social Evangélico de Gurupi.

Fontes do Ieseg confirmam que pastor João alegou a necessidade de construir uma catedral. Já a assessoria do candidato Laurez Moreira nega qualquer acordo dele com o pastor e completa que o convênio nunca poderia ser firmado porque representaria um desfalque de R$ 4,8 milhões aos cofres públicos, em quatro anos de mandato.

O pastor teria ido também a Secretaria de Habitação solicitando verbalmente a doação de uma área, segundo ele, para ajudar a igreja. Poderes tentou ouvir o pastor que está assombrando ovelhas no Tocantins, mas de novo, ele não foi encontrado para se manifestar sobre essa nova acusação. O espaço continua aberto.

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Se Laurez Moreira aceitar a proposta do pastor João, de lhe dar R$ 100 mil por mês em troca de receber votos dos Fiéis da Assembleia de Deus, os prejuízos aos cofres da Prefeitura de Gurupi podem ultrapassar 4,8 milhões em 4 anos.

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Fiéis subjugados pela malandragem

No livro de Mateus, Cristo também comparou templos conduzidos por gente da estirpe de João Feitosa a sepulcros caiados, que por fora pareciam formosos, mas por dentro estavam cheios de imundície. Sobre os falsos pastores desses templos, Cristo completou que eles pareciam justos apenas aos olhos dos homens, mas estavam cheios de hipocrisia e iniquidade.

Segundo o teólogo Nelson Ferreira Barros, um dos 28 pastores expulsos de igrejas assembleianas de Gurupi, João Feitosa se encaixa perfeitamente no perfil criticado por Cristo. Ele diz que se o Ministério Público resolver agir, vai descobrir muita podridão nas igrejas comandadas por pastor João.


Nenhum dos pastores expulsos por João Feitosa acredita que ele pretenda construir uma catedral, pois jamais demonstrou interesse em fazer sequer uma obra social durante os 11 anos que preside o Ministério. Prova disso é que a igreja esteve de posse, por mais de 15 anos, de uma área de 21 mil metros quadrados e o pastor João não construiu lá nem uma cabana para abrigar os fiéis que iam fazer suas orações no local. 
Mansão para o vice pastor?



Os pastores que fazem oposição a ganância de João Feitosa acreditam que se ele conseguir por as mãos no dinheiro do convênio com o Ebenezer e o Ieseg irá construir uma mansão para o vice pastor.
De acordo com Nelson Ferreira, os dois seriam cúmplices na exploração financeira dos fiéis. Sem papa na língua, ele dispara: “O presidente João é um tirano e tem como comparsa o pastor Marcos Orelo Passos”.
O descaso de pastor João com o terreno doado a igreja é inquestionável. Por nunca ter sido utilizada, a área foi devolvida a prefeitura de Gurupi. A única obra dele no local foi um galpão rústico de cimento, onde os fiéis não contavam com nenhuma infra estrutura para fazer suas campanhas e vigílias. As terapias da mente realizadas ali não surtiam efeito, pois os evangélicos não se concentravam, pela total insegurança do lugar.



Pastor João é acusado de desviar o dinheiro ofertado nas igrejas para enriquecer ilicitamente. Construiu a mansão mais chique de Gurupi, avaliada em mais de R$ 1 milhão, e desfila pela cidade num possante carro, uma SW-4 branca. Os valiosos bens foram comprados com dinheiro desviado dos irmãos de fé, assegura pastor Nelson. Segundo Nelson, de uma cacetada só, pastor João deu um desfalque de R$ 800 mil a igreja. “Nós aprovamos uma verba de R$ 200 mil para a compra de uma casa pastoral, mas pastor João desviou mais de R$ 800 mil e comprou uma mansão pra ele”, reclama. Nelson Ferreira diz que depois de questionar o uso indevido
das ofertas, foi expulso da igreja que comandava.
Além de ferir os princípios bíblicos, o comportamento de pastor João é condenado pela Constituição Federal, que proíbe espertalhões de intimidar eleitores em troca de atender seus interesses pessoais. Nelson Ferreira conta que intimidar, humilhar e pressionar os fiéis é um hábito comum do presidente do Ministério de Madureira. Pastor João é acusado de gritar e xingar os membros das igrejas, principalmente os obreiros – pessoas que auxiliam na condução dos cultos nas igrejas evangélicas.
Sem nenhuma autoridade para coibir seus atos desonestos, pastor João age como um deus em Gurupi. Se julgando intocável pelas leis dos homens, ele aboliu as eleições na presidência do Ministério de Madureira e transformou o seu cargo em vitalício. Se continuar sem ser incomodado, fica de posse do cargo, da mansão e na SW-4 a vida inteira.
A evasão dos templos

Nelson Ferreira, que pastoreou 30 anos em igrejas de Gurupi, explica que as artimanhas nada cristãs de pastor João Feitosa afastou milhares de membros das igrejas. Segundo ele, centenas de jovens, filhos de evangélicos tradicionais, foram tragados pelas drogas porque não encontraram apoio nas igrejas Assembléia de Deus, presidida por João Feitosa.

Os jovens que resistiram ao submundo, partiram para igrejas de outras denominações após constatar que João Feitosa usa a fé das pessoas para enriquecer de forma ilícita. Os membro adultos também não aguentam mais pastor João garimpar suas crenças a procura de bens materiais e estão batendo em retirada. Prova disso é que onde deveria haver mais de 40 mil fiéis, o número não ultrapassa os seis mil.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. naminha opinião tinha que motrar os dois lado da materia . Um jornal ten que mostrar a noticia apenas , e os espectadors forman a opiniao ,um jornal nao pode induzir seus espectadores sem ter provas legais mesmo que estes fatos sejam verdadeiros . Comentan muito na biblia na materia mas lá em Mateus 7:1 Fala para nos não julgarmos para não sermos julgados ....

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